Cooperativas avaliam que área gaúcha do milho pode cair mais
Os primeiros números divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra de grãos do Rio Grande do Sul, anunciados nesta terça-feira, 10 de outubro, espelham um alinhamento com a realidade do que está se projetando para o ciclo 2017/2018 para as culturas da soja e do milho. A avaliação é do presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), Paulo Pires.
No milho, a queda na área pode variar entre 7,6% e 16,4%. Com isso, a produção do grão deve cair 11,3% e 19,7%. Conforme o dirigente, este número ainda pode ser maior, já que em algumas regiões, conforme os dados dos departamentos técnicos de cooperativas, a redução de área passa de 20%. "Acreditamos que a redução de área possa ser até maior, o que vai gerar esta queda de produção gaúcha do grão, o que é uma pena, pois se trata de uma matéria prima estratégica para a produção de produtos de origem animal visando o mercado interno e a exportação", salienta.
Em relação à soja, Pires acredita que deverá ser mantida uma estabilidade na área, que apresentou no estudo da Conab um crescimento entre 1% e 3%, mas com uma redução de potencial de produtividade que pode chegar a 8,3%. Para o presidente da FecoAgro/RS, o fato é normal, visto que no período passado foram excepcionais. "No ano anterior tivemos uma produtividade de 55 sacas por hectare e este ano está se prevendo 50 sacas por hectare. Foi essa produtividade muito alta no ano passado que proporcionou uma safra de quase 19 milhões de toneladas, não seria anormal termos números menores.
A previsão para a produção de soja gira em torno de 17,33 e 17,68 milhões de toneladas, redução entre 5,5% e 7,4%, enquanto no milho a produção deverá ficar em torno de 4,84 e 5,35 milhões de toneladas, de acordo com a Conab.